Prefeitura de Niterói lança medidas antirracistas no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

Nesta terça-feira (21), data em que se comemora o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial e também o Dia Nacional das Tradições Africanas, a Prefeitura de Niterói organizou uma homenagem no auditório do Caminho Niemeyer, com a entrega de duas iniciativas em prol da luta pela causa negra: a Cartilha Antirracista e o Curso Online sobre Igualdade Social. O evento foi organizado pela Subsecretaria da Subsecretaria de Promoção da Igualdade Racial, Supir, e contou com a presença de diversas autoridades como Thamyris Elpídio, diretora da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres; Thiago Risso, subsecretário de Educação; Isadora Modesto, subsecretária de Articulação Institucional e Gestão do Conhecimento; Fabrício Fernandes, subsecretário Executivo e Luiz Henrique Oliveira Júnior, presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB-Niterói, entre outros.

O curso é gratuito e ficará disponível na plataforma da Escola de Governo e Gestão de Niterói, a EGG. Para os profissionais da Educação, a carga horária é de 20 horas e engloba temas como legislações, práticas e pedagogias antirracistas no Brasil, com olhar específico sobre as relações étnico-raciais na escola, em particular na cidade de Niterói. Para os demais servidores, a carga é de 12 horas e aborda a igualdade racial na administração pública como a reserva de vagas para negros no serviço público municipal, entre outros temas. Já a cartilha trata de temas como racismo estrutural, legislação e combate à discriminação nas instituições, com dados sobre desigualdades e com a inclusão de normas e propostas para políticas públicas de igualdade racial. A cartilha ficará hospedada no site da Gira, a Gestão da Igualdade Social, da Universidade Federal Fluminense, UFF. A ideia é que, posteriormente, o conteúdo seja impresso e distribuído em escolas e órgãos municipais.

A subsecretária de Promoção da Igualdade Racial, Glória Anselmo, destacou a importância da iniciativa:

“Hoje guardamos o sentimento de mais um dever cumprido. Além de uma palestra potente, entregamos à Prefeitura de Niterói uma Cartilha Antirracista e dois cursos de formação para profissionais de educação e funcionários públicos. Valeu Zumbi!”, comemora Glória Anselmo.

A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Direitos Humanos, por meio da Subsecretaria de Promoção da Igualdade Racial (Supir), Secretaria de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle de Niterói (Seplag), Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres e da Gestão da Igualdade Racial da Universidade Federal Fluminense UFF) e conta com o apoio da União de Negras e Negros Pela Igualdade de Maricá (Unegro) e do Fórum Municipal das Mulheres Negras de Niterói (FMMN-NIT). Duas ativistas do movimento negro palestraram sobre o lançamento da cartilha e do curso online: a fisioterapeuta, defensora da saúde da população negra e diretora da Unegro (União de Negras e Negros Pela Igualdade) de Maricá, Luciane Vieira e a socióloga, professora e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, Flávia Rios, que também é uma das autoras da Cartilha Antirracista. Ela ressalta a importância do conteúdo para fortalecer a agenda da igualdade racial.

“Serão dez cartilhas ao total, com temas diversos. A primeira é sobre racismo. Para as próximas edições abordaremos as desigualdades educacionais, intolerância religiosa, a questão dos quilombolas, segurança pública, ações afirmativas, enfim, assuntos de relevo para uma sociedade mais igualitária”, enfatiza a professora Flávia Rios.

A diretora da Unegro, Luciane Vieira, comemorou a iniciativa: “Para além da organização social, precisamos da gestão, da formulação das leis. É o que traz convencimento, orçamento e poder de decisão. Não adianta ter um sem o outro. A gente defende o que ama e a gente pesquisa aquilo que a gente acredita. Ciência e militância. Não adianta fazer gestão de igualdade racial sem ativismo, sem amor, sem vontade de querer mudar o mundo”, finaliza.

Botão Voltar ao topo
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support