No Dia Mundial das Zoonoses, Secretaria de Saúde de Niterói orienta sobre esporotricose

Nesta quinta-feira (06) é celebrado o Dia Mundial das Zoonoses, que nada mais são do que doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos. Algumas das mais comuns no Brasil são a raiva, a leptospirose, as leishmanioses, a toxoplasmose, a febre amarela, a dengue, a malária, a doença de chagas e a esporotricose, dentre muitas outras. Em Niterói, essa última é controlada por meio de uma parceria entre o Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense.

De acordo com o chefe do CCZ, o veterinário Fábio Villas Boas, nesses dez anos de parceria já foram aproximadamente 1500 animais atendidos.

“É um trabalho de excelência, porque a esporotricose é uma zoonose emergente em que o número de ocorrências costuma ser grande não apenas em Niterói, mas também em todo o Brasil. Na prática o que a gente faz é impedir que esse grupo de doenças chegue na população humana e cause o agravo”, revela o veterinário.

Estudantes de veterinária da UFF também participam do projeto e fazem o atendimento com a supervisão do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura. 

“Aqui a gente recebe os gatinhos que os tutores trazem e fazemos dois exames, tanto a citologia coletando com a lâmina quanto a cultura do fungo feito através do swab na ferida”, afirma Igor Rodrigues, um dos alunos.

“A gente também faz o registro dos animais com o tutor, perguntando todos os dados como o nome do gatinho, a idade, se ele é castrado, onde é a lesão e desde quando ela apareceu, além de endereço onde vive e se o animal costuma ficar na rua. Pois a esporotricose é muito comum em animais que não são castrados e que tem acesso a rua e locais em que se tem bastante vegetação, já que se pega também pela planta e pela terra”, explica a aluna Letícia Dias.

 A esporotricose é uma doença infecciosa mais comum em gatos que estão com o fungo do gênero Sporothrix, causando nódulos nas mucosas (como picadas de inseto). Pode ser transmitida para os humanos e afetar pulmões e articulações. De acordo com os técnicos do Centro de Controle de Zoonoses, manter boa higienização do ambiente, castrar os animais e não os abandonar são algumas das precauções contra a doença.

O Instituto Biológico da UFF realiza desde 2013 um diagnóstico clínico e laboral gratuito para a esporotricose. Qualquer morador da cidade pode solicitar o agendamento pelo telefone (21) 2627-9102.

Dois terços das doenças reemergentes – aquelas que são conhecidas há algum tempo e que estavam sob controle, mas acabaram por retornar, causando uma grande preocupação – são zoonoses. Isso serve para mostrar a importância dos profissionais que trabalham no controle e na prevenção delas.

O Centro de Controle de Zoonoses é um órgão de saúde pública vinculado ao Sistema Único de Saúde que tem como objetivo a prevenção, proteção e a promoção da saúde das pessoas através de ações, estratégias e políticas públicas voltadas para o monitoramento, vigilância e controle das zoonoses. 

Foto: Divulgação 

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