Niterói promove ações no Mês de Luta Contra as Hepatites Virais

O dia 28 de julho foi escolhido como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Para celebrar a data, a Secretaria Municipal de Saúde de Niterói está promovendo ações nas unidades de saúde, em lugares estratégicos e de visibilidade, com abordagens educativas divulgando informações sobre as hepatites, principalmente B e C. A campanha Julho Amarelo visa promover a conscientização e mobilização coletiva, além de promover ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites.

A secretária municipal de Saúde, Anamaria Schneider, conta que as unidades de saúde oferecem assistência aos pacientes e realizam testagem na população. O município possui uma assessoria técnica de IST/Aids e Hepatites Virais que realiza programas de prevenção e acompanhamento de casos.

“Niterói fornece os testes rápidos para detecção das hepatites em todas as suas unidades de saúde e faz acompanhamento dos pacientes. Além disso, há a vacina contra a hepatite B, administrada em 3 doses. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão para formas mais graves das doenças”, conta a secretária.

Nesta sexta-feira (14), em uma ação conjunta realizada pela Unidade Básica da Engenhoca e a Policlínica Regional da Engenhoca, quem passou pela Plataforma Urbana Digital Engenhoca na Zona Norte de Niterói participou de uma conversa sobre as Hepatites Virais e realizou a testagem rápida para Hepatite B e C.

Segundo a coordenadora municipal de IST/AIDS e Hepatites Virais, Márcia Santana, o mês de julho é uma oportunidade para alertar e divulgar informações sobre as hepatites virais.

“É fundamental falar da importância da vacina, que é uma forma de prevenção contra a hepatites do tipo B. Apesar de não existir vacina para a hepatite C, o paciente pode realizar o tratamento cujo índice de cura é superior a 90%. Além disso, medidas simples como usar preservativos, exigir materiais descartáveis e esterilizados em estúdios de tatuagem, salões com manicures e pedicures e não compartilhar agulhas e seringas podem prevenir a infecção”, explica Márcia.

Segundo dados publicados pela OMS em 2021, cerca de 10 mil novas infecções e 23 mil mortes por hepatite B nas Américas a cada ano. Do mesmo modo, ainda segundo a OMS, a cada ano ocorrem também cerca de 67 mil novas infecções e 84 mil mortes causadas pela hepatite C.

Em Niterói, no ano de 2022, foram notificados 70 casos de hepatites virais, entre os quais 62 são residentes do município. Este ano, de janeiro até o final de junho já foram notificados um total de 49 casos confirmados de hepatites virais, sendo que 44 dos casos são de residentes do município, sendo cinco casos de hepatite B e 44 casos de hepatite C. No entanto, até o momento não foram notificados casos de coinfecção das hepatites B e C.

No dia 28 a secretaria irá realizar uma ação no Campo de São Bento, das 9h às 15h, com atividades esclarecendo sobre as doenças e realizando testes rápidos.


Prevenção – A vacina é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura; usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas (não compartilhar seringas e agulhas), confecção de tatuagem e colocação de piercings. A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

Já contra ahepatite C não existe vacina, porém há tratamento cujo índice de cura é de 90%. Para evitar a infecção é importante não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente etc.); usar preservativo nas relações sexuais; não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas; toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, HIV e sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada adequadamente.

Foto: Bruno Eduardo Alves

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