Saúde em Niterói celebra campanha Janeiro Branco
Durante o primeiro mês do ano é celebrada a campanha Janeiro Branco, que tem como objetivo reforçar os cuidados com a saúde mental. Anualmente, a campanha adapta o foco para refletir as demandas e contextos sociais atuais. Neste ano, a Janeiro Branco chega à décima edição e terá como tema “Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora”?
No Sistema Único de Saúde (SUS) de Niterói, existe a Rede de Saúde Psicossocial (RAPS) que possui quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo para adultos: Casa do Largo (São Francisco) e Herbert de Souza (Centro); um CAPS AD para adultos usuários de álcool e outras drogas (Fonseca); um CAPSI para crianças e adolescentes (Santa Rosa); seis ambulatórios de Saúde Mental; Centro de Convivência e Cultura de Niterói; uma Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI); nove Residências Terapêuticas (RT) e o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba.
Os Centros de Atenção Psicossocial são dispositivos que fazem parte da rede e são voltados para o cuidado especializado de pessoas em intenso sofrimento psíquico, que se articulam com os demais serviços da RAPS para a atenção integral e longitudinal de lógica territorial.
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) é um dispositivo fundamental para o processo de desinstitucionalização de usuários que viveram dois anos ou mais ininterruptos em instituição asilar, como Hospitais Psiquiátricos. Como parte do processo de reinserção social, a SRT tem como principal escopo de reabilitação psicossocial a construção da autonomia, a garantia do direito de morar e o exercício da cidadania.
“As residências terapêuticas, são uma política de moradia para aqueles que, devido aos longos períodos institucionalizados, perderam laços sociais e vínculos familiares. São casas pensadas a partir das demandas dos usuários onde eles podem exercer em liberdade seus direitos, contribuindo com a reabilitação psicossocial”, explica Eduardo Gomes, gerente de Saúde Mental da Fundação Estatal de Saúde (FeSaúde) de Niterói.
O Centro de Convivência possui ações como o projeto de geração de renda; grupo para debater a inserção nos espaços de expressão artística; e atividades de interesses culturais em geral.
A UAI é um espaço complementar para o tratamento de crianças e adolescentes, de 12 a 18 anos, usuários de crack e outras drogas, que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade.
O Hospital Psiquiátrico de Jurujuba é parte da rede de saúde mental, sendo referência para o acolhimento de emergência e sua atuação se dá em articulação com os demais serviços desta rede (CAPS, ambulatórios, Centro de Convivência e Cultura), e também em articulação com a rede de saúde da cidade.
Por fim, o Programa Médico de Família também absorve essa demanda à medida em que é considerado a porta de entrada para o atendimento do SUS.