Totem que mostra fluxo de ciclistas começa a funcionar na Avenida Marquês do Paraná

Quem passar pela Avenida Marquês de Paraná, que liga o Centro de Niterói e Icaraí, a partir desta terça-feira (26), poderá ver na ciclovia o número de ciclistas que passam pelo local no mês e no ano. O novo totem instalado pela Prefeitura de Niterói no local integra o sistema Contabike que foi lançado em janeiro e já está em operação com outros nove contadores em pontos da cidade. Os dispositivos têm o objetivo de mostrar que o transporte por bicicleta já é uma realidade no município e, com isso, captar mais usuários.

“Este equipamento é o primeiro desse tipo que a gente coloca, apesar de a gente ter em várias partes, em vários pontos da nossa rede de ciclovias, esses contadores, mas sem o display mostrando os números. O bacana disso é que quando você passa de bicicleta, você tem ideia de quantas pessoas já passaram aqui, antes de você, para você ter a ideia do movimento de bicicleta que temos hoje em Niterói. Pelos dados que estamos coletando, temos a informação de que 10% de todo o movimento aqui nesta via já é de bicicleta. O Niterói de bicicleta  está fazendo dez anos, e durante dez anos a gente foi construindo isso que é hoje uma experiência de sucesso na mobilidade da cidade”, disse o prefeito Axel Grael.

O totem inaugurado nesta terça-feira (26) na Avenida Marquês do Paraná integra um sistema composto por 10 contadores automáticos, estrategicamente posicionados em locais-chave como a Avenida Amaral Peixoto e a Rua São Lourenço, Avenida Roberto Silveira, na Rua Benjamin Constant, na Orla de São Francisco, na Avenida Irene Lopes Sodré, na Rotatória de Camboinhas, nos acessos ao túnel Charitas-Cafubá e no Parque Orla Piratininga. A Marquês do Paraná foi escolhida para receber o equipamento com exibição in loco por se tratar de uma das ciclovias mais movimentadas do município. De acordo com Filipe Simões, coordenador do Niterói de Bicicleta, a exibição da informação na Marquês do Paraná ajudará a fortalecer a cultura da bicicleta na cidade, além de ampliar o senso de pertencimento dos ciclistas que utilizam a via e dar visibilidade a este modal de transporte que é cada vez mais utilizado.

“A gestão pública requer dados para o desenho, ajuste e avaliação das políticas que são realizadas. Através da contagem de ciclistas pode-se verificar a efetividade das ações de promoção da bicicleta, testar cenários, hipóteses e justificar investimentos. Por ocupar um espaço muito menor do que os automóveis ocupam, a presença das bicicletas no meio urbano é menos visível do que os demais veículos. As contagens ajudam também a demonstrar que o transporte por bicicleta já é uma realidade para, assim, colaborar na captação de novos usuários e no apoio à pauta”, avalia Filipe Simões.

Fluxo intenso de ciclistas

O movimento de ciclistas registrado na Avenida Roberto Silveira (Niterói), em março, já é 13% maior que o contabilizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima (São Paulo) no mesmo período.  A comparação do movimento de bicicletas em Niterói com a capital paulista é precisa porque as cidades usam o mesmo sistema para a contagem de ciclistas. Nos 20 primeiros dias do mês, 80.211 bicicletas passaram pela Avenida Roberto Silveira (Niterói), enquanto 70.748 ciclistas foram registrados na Avenida Brigadeiro Faria Lima (São Paulo). O Rio de Janeiro não possui uma rede permanente de monitoramento do uso de bicicletas. Há contagens em períodos específicos. Em uma contagem realizada pela ONG Transporte Ativo em 2021, contou-se em um dia, 5.335 ciclistas na Av. Atlântica. As contagens de ciclistas feitas em Niterói desde 2021 mostram que os homens ainda são a maioria pedalando na cidade (76,3% em 2023). No entanto, o percentual de mulheres aumenta 2% a cada ano. No ano passado, elas representaram 21,2% dos ciclistas em Niterói.

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