Jovem moradora do Caramujo conhece a Ilha da Boa Viagem através do Programa Ecotur Sem Barreiras
A jovem Carolina Mourão, de 26 anos, estudante da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), teve a oportunidade de admirar Niterói do alto e conhecer um pouco da cultura da cidade. Moradora do bairro do Caramujo, ela é uma pessoa com deficiência e visitou a Ilha da Boa Viagem pela primeira vez nesta sexta-feira (19) ao participar de uma edição do Niterói Ecotur Sem Barreiras. Foi a primeira vez que o projeto foi realizado na ilha. O projeto da Prefeitura é realizado pela Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur) e a Secretaria Municipal de Acessibilidade em parceria com o Clube Niteroiense de Montanhismo.
Carolina possui Encefalopatia Crônica da Infância e Deficiência Intelectual Leve (ECI) e sua subida e descida foram realizadas com tranquilidade na cadeira especial Julietti. Ao chegar no Fortim, Carolina expressou seu contentamento, dizendo que se sentia uma princesa.
“Aqui me sinto como uma princesa, achei tudo bacana, estou feliz!”, afirmou a jovem enquanto posava para fotos na ilha.
O ponto de encontro foi no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) da Boa Viagem. O grupo foi acompanhado por monitores da Neltur, além da supervisora dos CATs, Érica Assis, a coordenadora dos monitores, Cláudia Policarpo, e profissionais da Secretaria de Acessibilidade, incluindo Roberta Souza, Janete Flores e Marcele Figueredo, fisioterapeuta e intérprete de Libras, além de condutores da cadeira Julietti, do Clube de Montanhismo, e cerca de outros 20 participantes.
Segundo André Bento, presidente da Neltur e membro do Comitê Gestor da Ilha da Boa Viagem, realizar uma edição do projeto Niterói Ecotur Sem Barreiras na ilha é outra demonstração de que trabalhar o turismo, pensando também na inclusão, é de grande relevância.
“Saber que uma jovem PCD como a Carolina pode também conhecer a Ilha da Boa Viagem demonstra que o poder público de Niterói está pensando em cada detalhe, garantindo acesso à ilha para turistas e visitantes. Pessoas com deficiência também têm direito de conhecer esse rico patrimônio histórico da cidade, que além de ser um local preservado pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], é um dos pontos turísticos de Niterói mais procurados, por sua beleza e por proporcionar conhecimento histórico, geológico e geográfico, além de uma experiência religiosa, já que lá está uma das igrejas mais antigas da cidade”, afirmou Bento.
Um dos condutores da cadeira Julietti, Alexandre dos Santos, achou ótimo conduzir Carolina na ilha, um dos lugares mais belos da cidade.
“Essa experiência foi ótima, pois Niterói é uma cidade inclusiva e oportunidades como essa são muito importantes para as pessoas com deficiência. Carolina foi apenas a primeira a desfrutar dessa tarde de conhecimento e beleza em nossa cidade”, analisou o condutor.”