Niterói começa a vacinar adolescentes com comorbidades ou deficiências permanentes contra Covid-19
Cidade é primeira do Estado e uma das primeiras do País a iniciar imunização dos jovens de 12 a 17 anos
A Prefeitura de Niterói começou a vacinar contra a Covid-19, nesta quinta-feira (22), adolescentes a partir de 12 anos com comorbidades ou deficiência permanente. Primeira cidade do Estado do Rio de Janeiro a iniciar a imunização deste público, o município está disponibilizando a vacina na Policlínica Carlos Antônio Silva, em São Lourenço, e no drive thru do Campus do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF), em São Domingos. A vacinação começa nesta quinta (22) e sexta (23) com jovens de 16 e 17 anos. A cada semana, a Secretaria Municipal de Saúde vai divulgar o cronograma de imunização, já que a aplicação depende da chegada de remessas do imunizante, enviadas pelo Ministério da Saúde.
“Nosso esforço é vacinar todos os niteroienses o mais rápido possível e com segurança. Esses jovens receberão a vacina da Pfizer, atualmente a única com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação neste grupo no Brasil. A previsão é que cerca de dois mil jovens da cidade sejam imunizados contra a Covid-19”, explica o prefeito de Niterói, Axel Grael.
Quem fizer parte do público-alvo deve buscar um dos dois postos de vacinação e apresentar documento de identificação, CPF, comprovante de residência e laudo médico indicando a condição clínica e a indicação de aplicação do imunizante da Pfizer. Serão vacinados os jovens com comorbidades ou deficiência permanente listadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
“Esse é um momento muito importante da campanha contra a Covid-19 em nossa cidade. Com o avanço da vacinação em Niterói, que já ultrapassou 80% da população acima de 18 anos, podemos ampliar a oferta da vacina para os adolescentes, alcançar ainda mais pessoas e salvar vidas. Iniciamos hoje a vacinação dos jovens de 16 e 17 anos e, com a chegada de novas doses, vamos avançar com a imunização por faixa etária até vacinarmos todos até 12 anos”, disse o secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira.
Maria Fernanda, 17 anos, portadora de síndrome de Down, foi a primeira adolescente a se vacinar.
“Vim me vacinar porque eu quero muito encontrar meus amigos. Estou há muito tempo sem encontrá-los por conta da pandemia. Namoro há três anos e estou sem encontrar meu namorado, estou com muita saudade de todos os meus amigos também. Estou muito feliz, quase sem acreditar,” disse Maria Fernanda , comemorando.
A mãe da jovem, Beatriz Froés, não escondeu a emoção ao dizer que a filha foi vacinada graças à sensibilidade da prefeitura, que abriu o calendário para essa faixa de idade com comorbidades.
“A vacinação vai permitir que nossos filhos possam voltar para as suas atividades, para os seus tratamentos, porque diferentemente dos outros adolescentes sem comorbidades e sem deficiência, os nossos filhos apresentam regressão importantíssima em toda a sua vida. Quando paralisam os tratamentos, eles regridem, e isso é comprovado cientificamente. É muito necessária essa vacinação até porque as comorbidades e as deficiências implicam numa maior gravidade caso eles adquiram a doença, ” desabafou Beatriz aliviada.
Locais de vacinação para adolescentes com comorbidades ou deficiências permanentes listadas no PNI:
Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva – Avenida Jansen de Melo, s/nº, São Lourenço.
Drive thru na Universidade Federal Fluminense – Campus Gragoatá, Rua Alexandre Moura, 8, São Domingos.
Horário: De segunda a sexta, das 8h às 17h, com entrada até 16h.
Documentos: identificação, CPF, comprovante de residência e laudo médico indicando a condição clínica e a indicação de aplicação do imunizante Pfizer. Serão vacinados os jovens com comorbidades ou deficiência permanente listadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.