Niterói recebe bicampeãs olímpicas da vela

Atletas niteroienses da vela e do badminton percorreram a cidade em caminhão aberto do Corpo de Bombeiros

Niterói recebeu com orgulho as bicampeãs olímpicas da vela, Martine Grael e Kahena Kunze, nesta sexta-feira (06). A dupla, que conquistou medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, desfilou em caminhão aberto acompanhada dos atletas Marco Grael, Gabriela Nicolino e Fabiana Silva, que também participaram da competição internacional. O comboio percorreu a orla de Niterói, passando por pontos emblemáticos da cidade, como o Museu de Arte Contemporânea (MAC). Essa é a 10ª medalha olímpica que a vela traz para o município, além da medalha de ouro no vôlei, por Valeskinha.  

Martine, que é niteroiense, e sua dupla, Kahena, chegaram ao Rio de Janeiro pela manhã no aeroporto Santos Dumont e foram recebidas por familiares e amigos. Depois de coletiva no Comitê Olímpico Brasileiro, as duas subiram no caminhão do Corpo de Bombeiros com Marco Grael e Gabriela Nicolino, também da vela, e Fabiana Silva, do badminton.

O desfile em carro aberto começou pela Ponte Rio-Niterói, com apoio da Ecoponte, e passou pelas avenidas Jansen de Melo e Amaral Peixoto, Praça Arariboia, no Centro, e seguiu pela orla da Zona Sul da cidade até o Rio Yacht Club, em São Francisco. O prefeito de Niterói, Axel Grael, lembrou que essa é a nona medalha da família Schmidt Grael na vela, representando Niterói e o Brasil.

“Histórias de sucesso como a de Martine e Kahena estimulam a garotada a se dedicar ao esporte, a buscar aquela modalidade que mais interessa, que mais se ajusta a seu biotipo. As políticas de iniciação esportiva em nossa cidade estão avançando muito. A Prefeitura de Niterói está implantando parques esportivos em regiões que antes eram marcadas pela violência. Hoje temos 2 mil pessoas praticando atividades físicas nesses locais. O esporte tem esse efeito transformador e a gente precisa desses exemplos de sucesso para motivar a nova geração que vem aí”, destacou Axel, que é tio de Martine.

Filha de Torben Grael, cinco vezes medalhista olímpico, Martine Grael chegou a contar que os treinos nas águas que banham Niterói foram fundamentais para a manobra que garantiu o ouro na baía de Enoshima. Ela se surpreendeu com a recepção desta sexta.

“Estar perto das pessoas foi muito bacana, ver o mar ali no Gragoatá e percorrer esse trajeto que faço tantas vezes de bicicleta foi muito emocionante. Essa medalha é do país, é de Niterói, é do Rio e de todos os velejadores que sabem o quanto a gente ama esse esporte”, disse.

Sétimo colocado na competição, o velejador Marco Grael fez o percurso pela cidade com a bandeira de Niterói nas costas.

“A Olimpíada em Tóquio foi especial, mas bem diferente da edição no Rio de Janeiro, onde a gente teve muito calor humano. Em Tóquio tínhamos acolhimento, mas a gente estava restrito a nossa base, ao nosso hotel e ao nosso centro de treinamento. Chegar aqui com esse carinho foi muito legal. Não conseguimos a medalha, mas a gente teve o carinho grande da cidade com uma recepção muito calorosa”, contou.

Cria do Preventório e atleta do badminton, Fabiana Silva também representou Niterói nos Jogos Olímpicos com garra e vontade de vencer.  

“Foi minha primeira Olimpíada, uma conquista que veio já muito próxima do início das competições. Estou muito emocionada depois de passear pela nossa cidade com os atletas que representaram Niterói. Fiquei maravilhada com a recepção”, comentou.  

Atleta da vela na classe Nacra 17, Gabriela Nicolino também participou da recepção desta sexta.

“Foram duas felicidades muito grandes nesses Jogos: levar o Brasil até a regata da medalha e acompanhar a vitória da Martine e da Kahena. As duas são uma inspiração, amigas e parceiras de muito tempo. Por conta da pandemia, foi uma Olimpíada muito diferente, com tudo ainda mais intenso. Chegar aqui e ser recebida com tanto carinho foi muito forte”, disse.

Tradição no esporte – Com o bicampeonato na vela, Niterói manteve a tradição dos atletas da cidade no esporte. Em 1964, Aída dos Santos entrou para a história nacional como a única mulher da delegação brasileira na época. Além dos esportes náuticos, a cidade também é pioneira no remo (primeiros clubes da modalidade se estabeleceram em Niterói e participaram das primeiras competições contra tripulações do Rio de Janeiro), no futebol (o Rio Cricket Club, localizado em Niterói, em 1901, sediou o primeiro jogo de futebol realizado no estado do Rio) e no rúgbi.

Desde 2013, a Prefeitura de Niterói investe no esporte como instrumento de inclusão e transformação social. Inaugurado em 2020, o Parque Esportivo do Caramujo oferece dezenas de atividades esportivas, incluindo modalidades olímpicas, para jovens de uma das áreas mais carentes de Niterói. No Parque Rural de Niterói, também recentemente inaugurado, já treinam jovens talentos da equitação.

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