
Hospital Oceânico amplia em 10% o número de leitos de internação
O Hospital Municipal Oceânico Dr. Gilson Cantarino, em Niterói, ampliou em 10% o número de leitos criando um setor exclusivo para pacientes cirúrgicos de curta permanência, que passam por procedimentos de baixa complexidade. A ampliação estava sendo planejada pela Secretaria Municipal de Saúde e foi possível após a reestruturação de serviços e a readequação do espaço no quarto andar do hospital. Com a nova unidade, o hospital terá a capacidade de realizar mais de cinco mil cirurgias ainda este ano, 19% a mais que em 2024.
― Estamos avançando para melhorar e ampliar cada vez mais a assistência à saúde de qualidade da população de Niterói. Essa ampliação possibilita um acesso mais rápido às cirurgias eletivas. O Oceânico é referência na cidade e foi o primeiro hospital público a atender pacientes com Covid-19. Isso não poderemos nunca esquecer ― afirmou o prefeito Rodrigo Neves.
O novo setor recebe pacientes que necessitam de cirurgias de hérnia, vesícula e varizes, entre outras. Além do novo setor, que vai possibilitar ampliar o atendimento, o Hospital Oceânico também inaugurou a quarta sala de cirurgias, que foi destinada para a realização de exames de colonoscopia, histeroscopia, endoscopia e procedimentos de cirurgia vascular.
― A ampliação do número de leitos foi possível a partir de uma reestruturação dos serviços já oferecidos no hospital. Assim, conseguimos abrir esse novo setor, que vai atender a procedimentos de baixa complexidade, ampliando a oferta de serviços para a população ― disse a secretária municipal de Saúde, Ilza Fellows.
Ao todo, o Hospital Oceânico conta agora com 76 leitos, sendo 33 de Clínica Médica, 21 de Clínica Cirúrgica, 12 de Terapia Intensiva (CTI) e 10 de Terapia Semi-intensiva.
― É uma unidade com sete leitos, com toda a infraestrutura tecnológica e de recursos humanos de uma unidade semi-intensiva, no mesmo andar e a poucos metros do centro cirúrgico, planejada para dar mais agilidade e segurança para o fluxo de pacientes. Foi desenhada para acomodar pacientes em pré-operatório, como em pós-operatório, e facilita o manuseio ágil de pacientes em day-clinic, como também oferece suporte aos pacientes que necessitam de maior vigilância após as cirurgias ― explicou o diretor Eduardo Maia.
Segurança do paciente
O atendimento e a internação hospitalar para a realização de procedimentos cirúrgicos seguem todas as normas de segurança do paciente. Para garantir mais proteção ao usuário, o hospital implementou o sistema Safety Huddle, que consiste em uma reunião curta e diária, com duração de cerca de 15 minutos, onde todos os membros da equipe multidisciplinar conversam e avaliam os riscos potenciais de segurança do paciente. A iniciativa permite revisar procedimentos e compartilhar qualquer preocupação que possa ocorrer durante a assistência hospitalar. O objetivo é analisar e gerenciar riscos diários de forma proativa, com prevenção e redução de danos ao paciente. O hospital busca estimular os profissionais a desenvolver uma cultura de segurança, melhorando a comunicação e detectando precocemente eventos adversos.
Sobre o Oceânico
O Hospital Municipal Oceânico Dr. Gilson Cantarino foi o primeiro hospital público do país dedicado exclusivamente ao tratamento de pacientes com Covid-19 em 2020 e já realizou mais de 81 mil atendimentos até março de 2025. Ao todo, 3.479 pessoas foram internadas com a doença entre 2020 e 2021. Com o fim da pandemia, o hospital inaugurou seu centro cirúrgico, em março de 2022, e já realizou mais de 10 mil cirurgias de 75 diferentes procedimentos oferecidos pela unidade de saúde. O centro cirúrgico possui três salas independentes, onde intervenções podem ser realizadas até de forma simultânea, caso seja necessário.
Construído para abrigar uma instituição privada de saúde, o prédio foi arrendado pelo município em março de 2020 e entregue à população de Niterói em abril do mesmo ano, após passar por obras de adequação para receber os primeiros pacientes durante a pandemia. Com a mudança do perfil da unidade, o hospital hoje faz parte da rede básica de saúde de Niterói e atende diariamente centenas de pessoas, sejam pacientes cirúrgicos, do centro de reabilitação ou transferidos de outras unidades.
Especialidades – O Hospital Oceânico conta com serviços voltados ao tratamento de cânceres ginecológicos e urológicos, com ênfase em tumores de mama, colo de útero, próstata, bexiga, rim e tireóide. Além das cirurgias, também são realizados procedimentos diagnósticos, como radiologia intervencionista, histeroscopia e biópsias percutâneas, garantindo a integração de todas as etapas de cuidado em um ambulatório onde oncologistas e enfermeiros oncológicos acompanham cada fase do tratamento. Somente em 2024, mais de 4.600 exames de mamografia foram realizados.
Centro Cirúrgico – O Centro Cirúrgico possui três salas independentes onde intervenções podem ser realizadas até de forma simultânea, caso seja necessário. Um andar da unidade foi destinado a receber pacientes assim que saem do centro cirúrgico.
Centro de Reabilitação – O Centro de Reabilitação Pós-Covid, criado no dia 18 de agosto de 2021, realiza hoje cerca de 300 atendimentos por mês de pacientes encaminhados pela rede de atenção primária. O serviço começou com a reabilitação de pessoas que sofriam com sequelas pós-covid, mas com o avanço da vacinação e o controle dos casos, o Centro de Reabilitação foi incorporado à rede municipal de saúde e passou a reabilitar outros tipos de pacientes.
Captação de órgãos – Na unidade, quando um paciente é viável para a captação dos órgãos, uma equipe de Niterói realiza os primeiros preparativos e alerta à central estadual de transplantes, somando forças a outras unidades de saúde que trabalham para que os órgãos cheguem o mais rápido possível aos pacientes. A ação é feita dentro dos protocolos do Programa Estadual de Transplantes – o RJ Transplantes.