Lei dos Contêineres tem resultados positivos na coleta de lixo, na limpeza das ruas e na reciclagem

“Desde que os prédios e o comércio começaram a usar contêineres, o nosso trabalho melhorou muito. Perdíamos um tempo enorme limpando o lixo espalhado pelos catadores. Agora, com o contêiner, tudo ficou mais rápido, pois já recolhemos os resíduos ensacados. Também nos sentimos mais respeitados.” O depoimento é de Luiz Claudio Cruz, gari da Clin há dez anos, sobre as melhorias trazidas pela Lei 3987/2025, a Lei dos Contêineres, que alterou o Código de Limpeza Urbana do Município e entrou em vigor no dia 6 de outubro. Além de promover a sustentabilidade, a nova regra valoriza e humaniza o trabalho dos profissionais da limpeza.

A legislação determina novas normas para o acondicionamento e a disposição dos resíduos em prédios multifamiliares. A coleta deve ser feita, obrigatoriamente, em recipientes plásticos com tampa, de duas rodas, com capacidade de até 1000 litros e em sacos pretos de até 100 litros, que impedem o contato direto do lixo com o recipiente. A Lei foi sancionada em abril e os condomínios tiveram seis meses para se adequar às novas normas.

A adesão à nova legislação avança de forma significativa. Em Icaraí, por exemplo, em maio, um mês após a publicação da Lei, apenas 31 condomínios utilizavam contêineres. Em novembro, esse número saltou para 368, um aumento de 1.087,10%. Os dados também revelam um reflexo positivo na coleta seletiva: no mesmo bairro, o número de condomínios que não reciclavam caiu de 514 para 289 no período. A Lei dos Contêineres contribuiu ainda para o aumento de 64% no volume de recicláveis recolhidos pelo projeto Recicla Niterói: somente em outubro foram 18 toneladas.

“Desde janeiro equipes de Sustentabilidade da Clin realizam ações de conscientização nos bairros de Niterói, orientando moradores e síndicos sobre a forma correta de separar e descartar os resíduos. Os técnicos explicam que, quando o lixo é deixado diretamente no chão, fica sujeito à ação de animais, vento, chuva ou de catadores antes da chegada do caminhão, gerando sujeira e transtornos. Com a conteinerização, reduz-se a poluição e o mau cheiro. A cidade fica mais organizada e diminui a proliferação de vetores, como ratos, baratas e mosquitos. Durante as visitas, as equipes também reforçam os horários corretos da coleta domiciliar,” explicou a engenheira ambiental e sanitarista da Clin Lélia Lomardo.

Com a Lei em vigor, as ações continuam e o roteiro vem sendo ampliado para outros bairros. Na semana passada, o Ingá recebeu novamente a equipe de educação ambiental, que aproveitou a visita para verificar se os condomínios realizam coleta seletiva e reforçar a importância da destinação adequada dos recicláveis, bem como os dias e horários da coleta municipal. Essas práticas contribuem para a redução do volume de resíduos e para a mitigação dos impactos ambientais.–

Foto : Lucas Benevides 

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