Niterói participa de reunião sobre calamidade pública dos Yanomamis
Na manhã desta sexta-feira (27), o prefeito de Niterói, Axel Grael, participou de uma reunião on-line da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) sobre a situação de calamidade de saúde pública dos povos Yanomami. Grael também é vice-presidente de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da FNP. Com mais de 40 participantes, a reunião contou com a presença da Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, além de diversos prefeitos de todo o Brasil.
De acordo com Axel, essa reunião foi a primeira de muitas que a Prefeitura de Niterói participará e que o Município não medirá esforços para contribuir com o que puder para ajudar os Yanomamis.
“As imagens que vemos nas mídias e as informações que lemos nos jornais são de uma situação devastadora e que diz respeito a todo o Brasil. Como prefeito e fazendo parte de um colegiado de autoridades públicas do país, me vejo na obrigatoriedade de, além de manifestar minha solidariedade, ajudar a população indígena dos Yanomami. É inaceitável que ainda existam crianças que morram por malária ou desnutrição no Brasil”, afirma.
Segundo a ministra, muitas pessoas têm manifestado apoio e solidariedade.
“Estamos muito felizes com a quantidade de apoio que estamos recebendo e com essa articulação do comitê interministerial do Governo Federal, mas muito tristes com a situação dos Yanomamis. O desafio agora é organizar toda essa ajuda que estão nos oferecendo. Precisamos garantir a saúde e qualidade de vida dos povos indígenas e o cerne do problema é a invasão, a presença dos garimpeiros”, disse.
O resultado da reunião foi a minuta de um documento para manifestar a solidariedade dos prefeitos aos Yanomamis. A FNP continuará mantendo um calendário de reuniões para discussão e elaboração de planos para ajudar no enfrentamento do problema dos Yanomamis e de outros povos indígenas brasileiros.
Nos últimos anos, cerca de 570 crianças indígenas Yanomami morreram por causa da desnutrição e outras causas evitáveis. Somente em 2022, foram registrados mais de 11 mil casos de malária na região em que vivem.