Plano de Ação Climática: oficina traz debates para elaboração do documento
Nesta segunda-feira (25), a Prefeitura de Niterói realizou uma oficina para debater a elaboração do Plano de Ação Climática de Niterói que vai tratar, de forma intersetorial, da adaptação, mitigação e resiliência da cidade. Entre os órgãos envolvidos estão as Secretarias Municipais do Clima (Seclima), Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) e Defesa Civil e Geotecnia (SMDCG).
O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou os investimentos realizados na cidade nos últimos anos e que a questão climática já faz parte do Plano Diretor Municipal.
“A gente tomou a decisão de trabalhar a resiliência de Niterói e criamos a primeira Secretaria do Clima do país. A cidade se mostra responsável pela questão climática. A gente precisa construir, de fato, esse processo e transportar a experiência de Niterói para outras cidades para que a gente vá gerando um processo com uma escala que ajude a reverter as mudanças climáticas. Esse plano é muito importante e já temos boa parte do escopo com ações que já estão em andamento”.
De acordo com o secretário municipal do Clima, Luciano Paez, o enfrentamento às questões climáticas vem sendo desenvolvido nos últimos 10 anos, mesmo antes da criação da Seclima.
“O governo trabalha de uma forma muito integrada nessa temática. Vamos desenvolver um plano importante de forma colaborativa e participativa. Essa oficina de trabalho vai mostrar ao consórcio um lado mais singular do nosso território. A participação com o instrumento de governança que temos vai ser fundamental para legitimar esse plano”.
Walace Medeiros, secretário de Defesa Civil e Geotecnia, reforçou que o trabalho de prevenção determina também os resultados.
“Eu fico feliz também em ver a construção desse plano em conjunto com as demais secretarias, pela integração dos trabalhos. Se você for para a raiz da defesa civil, ela começa com uma prevenção. Estamos diante de condições meteorológicas e climáticas extremamente desafiadoras e a gente sabe disso. Esse plano vai trazer muita materialidade e vai se tornar também uma ferramenta de gestão para os próximos anos que vai nos permitir avançar muito”.
Segundo Rafael Robertson, secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, esse plano vai deixar um legado para a cidade.
“A gente não tem como viver sem se preocupar com as mudanças climáticas. Com toda certeza, esse plano vai deixar um legado para a cidade. Uma boa gestão tem que ter conhecimento, planejamento e ousadia com integração entre todas as secretarias. Isso é pensar na cidade, é pensar política pública de forma que vai realmente impactar a vida das pessoas”.
A oficina contou também com a participação do consórcio formado pela ICLEI América do Sul e WayCarbon, vencedores do projeto. Melina Amoni, representante do consórcio, explicou a importância de conhecer as particularidades da cidade na construção do plano.
“É muito importante, de fato, a gente conhecer e estar próximo de vocês porque esse é um trabalho que é feito de forma integrada. O plano precisa da contribuição e da participação de todas as secretarias. A questão do desafio da mudança do clima é muito mais social do que, de fato, ambiental. Então, ter essa relação e essa contribuição da sociedade civil, da academia, do setor privado também vai ser fundamental. Esse é um trabalho que vai ser construído de maneira conjunta”, reforçou.