Prefeitura de Niterói apresenta projeto para criação da Moeda Social Arariboia



O prefeito de Niterói, Axel Grael, apresentou nesta quinta-feira (17) a mensagem-executiva que cria a Moeda Social Arariboia em Niterói. O objetivo do programa é gerar emprego e renda em regiões de maior desigualdade socioeconômica dentro do município, com a redução da extrema pobreza. A ideia é que a Arariboia seja usada como moeda local circulante, aquecendo e movimentando a economia nas comunidades. Esse é um dos projetos da Prefeitura para a retomada econômica de Niterói no período pós-pandemia. A mensagem-executiva que prevê a criação da moeda foi entregue para os vereadores Andrigo Carvalho e Verônica Lima em solenidade no Solar do Jambeiro.

Axel Grael ressaltou as ações que Niterói vem implantando desde o início da pandemia não só com medidas de mitigação econômica, mas também de cuidados sanitários e com a saúde da população. Para ele, a criação da moeda social é um passo muito importante para o combate à pobreza no município.

“A pandemia levou mais 150 milhões de pessoas no mundo para a pobreza e temos mais de 61 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza. Mas em Niterói fizemos grandes investimentos para formar a retaguarda hospitalar, implantamos uma rotina de sanitização da cidade, e criamos programas de apoio às famílias mais pobres através dos programas Renda Básica Temporária e Busca Ativa, que beneficiam mais de 50 mil famílias. Além disso, desenvolvemos programas de apoio às micro e pequenas empresas. Agora em julho, vamos ultrapassar R$ 1 bilhão investidos no enfrentamento a Covid-19. Não conheço outra cidade que tenha feito tanto esforço quanto a cidade de Niterói”, ressaltou.

O prefeito lembrou ainda que já foram aplicadas 244.763 vacinas contra a Covid-19 como primeira dose e 98.778 como segunda dose. Ele destacou que a cidade vai se aproximando de um momento fundamental que é a preparação para o momento pós-pandemia.

“Dentro desse processo, apresentamos hoje uma medida que vai impactar a vida das pessoas que mais precisam de apoio. Essa política econômica contempla a criação de uma moeda social, a Moeda Arariboia, que terá um banco comunitário, com a primeira agência sendo implantada na Zona Norte. O programa vai movimentar a economia da cidade como um todo, mas trazendo a comunidade junto com o processo de desenvolvimento da cidade. Esse é um dos passos que daremos para que a cidade retome a sua normalidade o mais rápido possível e que o momento pós Covid-19 seja ainda melhor”, disse Grael.

Para o vice-prefeito Paulo Bagueira, o lançamento da moeda Arariboia é mais um avanço e um compromisso da Prefeitura com o cidadão e, principalmente, com as famílias carentes que mais precisam.

“Tenho certeza que teremos mais avanços na economia e mais oportunidades para a cidade com a nova moeda”, afirmou.

O projeto da Moeda Social Arariboia prevê contemplar as famílias em situação de maior vulnerabilidade, cadastradas no CadÚnico. A moeda poderá ser usada nos comércios locais cadastrados, sejam eles padaria, pequenos mercados, hortifrutis e pequenos produtores e outros, fazendo o dinheiro circular dentro da própria comunidade. O benefício pode variar de acordo com o tamanho da família (de até seis pessoas), porém apenas um membro da família poderá receber. A mensagem executiva precisa ser aprovada na Câmara de Vereadores para começar a valer. A Prefeitura de Niterói fará um investimento mensal de R$ 5,6 milhões no programa.

O secretário municipal de Assistência Social e Economia Solidária de Niterói, Vilde Dorian, afirmou que o programa ressalta a vocação de vanguarda de Niterói no desenvolvimento de políticas públicas para a população mais carente.

“O trabalho de desenvolvimento da moeda social envolveu várias secretarias e órgãos públicos. Essa união com certeza levará a mais um projeto vitorioso para Niterói e representa mais um avanço da nossa cidade, tanto no desenvolvimento e aplicação da Política Municipal de Economia Solidária, sancionada no ano passado, como na preocupação que nosso prefeito e o governo de Niterói tem com o desenvolvimento econômico aliado ao combate às desigualdades sociais, sobretudo nesse momento de crise sanitária e aprofundamento da pobreza em nosso país”, destacou Vilde.

O projeto segue como mensagem-executiva para aprovação na Câmara de Vereadores e deve beneficiar cerca de 27 mil famílias. O benefício médio vai girar em torno de R$ 300. Os beneficiados são referenciados do Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Com a criação da Moeda Social Arariboia, além do projeto de mitigação dos efeitos econômicos, ainda se espera uma ampliação do cadastro formal de empreendimentos comerciais e a diminuição das desigualdades regionais. Além disso, o projeto prevê a criação de um fundo que vai gerar e operar a moeda social.

A vereadora Verônica Lima reforçou a importância da iniciativa voltada para a população que mais necessita de ajuda.

“Niterói tem sido vanguarda ao longo da sua história trazendo políticas assertivas. Esse programa é inovador porque garante o mínimo de subsistência para quem não tem e o desenvolvimento local com geração de emprego e desenvolvimento de uma economia sustentável. Niterói não deixa ninguém para trás e isso é um grande orgulho para nós. Essa mensagem traz cidadania e desenvolvimento local sustentável”, disse Verônica.  

A cerimônia também contou com a presença dos secretários Américo Diniz (Desenvolvimento Econômico), Ellen Benedetti (Planejamento), Marilia Ortiz (Fazenda), Bira Marques (Executivo) e Anderson Pipico (Participação Popular), da primeira-dama Christa Grael, entre outras autoridades.

Botão Voltar ao topo
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support