Prefeitura de Niterói entrega mais duas residências terapêuticas
O bairro de Charitas recebeu, nesta terça-feira (06) duas novas Residências Terapêuticas (RTs), que irão abrigar usuários portadores de transtornos mentais. As unidades irão abrigar 16 pacientes de longa permanência, que estão internados no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ) ou na Clínica Nossa Senhora das Vitórias, de São Gonçalo. A equipe técnica que dará suporte a esses novos moradores conta com cuidadores plantonistas, técnicos de enfermagem e acompanhantes terapêuticos.
As casas, de 120 metros quadrados cada uma, são mobiliadas e climatizadas. As unidades são compostas por três quartos, dois banheiros, cozinha, uma sala ampla e área de convivência.
“Esse trabalho mostra que Niterói está no caminho certo, o de buscar cidadania para esses pacientes. A entrega dessas residências terapêuticas representa a retomada da inclusão social, para esses pacientes. As casas estão muito bem estruturadas, com profissionais especializados para oferecer o melhor acompanhamento para seus usuários, de forma não excludente e sim, integradora”, resume o prefeito de Niterói, Axel Grael.
A portaria nº 106 de 2000, do Ministério da Saúde (MS), define os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) como “moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social, laços familiares e que viabilizem sua inserção social”.
Com profissionais qualificados e atualizados, a Prefeitura de Niterói já entregou até agora nove RTs, que abrigam 52 pacientes. O secretário municipal de saúde, Rodrigo Oliveira, afirma que o acolhimento das pessoas em tratamento e a ética nas relações são fundamentais para o bem-estar desses pacientes.
“Temos um plano audacioso de desinstitucionalização de 100% das pessoas de Niterói que ainda estão em internação de permanência nos próximos meses. Além disso, estamos com um forte investimento para ampliar a oferta de serviços substitutivos como Capes e as unidades de acolhimento. Com isso avançamos ainda mais para tornar Niterói uma cidade mais democrática e cidadã”, ressalta Rodrigo Oliveira.
“Aqui nessas residências os pacientes receberão um tratamento muito mais cuidadoso. Eles ganham mais autonomia, além de serem cuidados por uma equipe multidisciplinar, com acesso ao tratamento, a medicamentos e a cuidados domiciliares. Todo o atendimento é voltado para o desenvolvimento, para o ganho de autonomia”, explica Anamaria Schneider, diretora-geral da FeSaúde, Fundação Estatal de Saúde de Niterói.
Fotos: Bruno Eduardo Alves