
Prefeitura de Niterói lança projeto do primeiro Museu Interativo do Cinema Brasileiro
A Prefeitura de Niterói deu início ao desenvolvimento do projeto para a criação do Museu do Cinema Brasileiro, que será instalado no prédio em formato de rolo de filme, no Reserva Cultural, complexo que abriga também a Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos. A iniciativa foi discutida em reunião, nesta segunda-feira (13), entre o prefeito Rodrigo Neves e especialistas reconhecidas na área de museologia e economia criativa, como a cineasta Daniela Thomas, responsável pela concepção do Museu do Futebol, e Deca Farrouco, que atuou em projetos como os do Museu da Língua Portuguesa e do Museu do Amanhã. Também participaram da reunião a vice-prefeita Isabel Swan, o secretário municipal de Economia Criativa, André Diniz, e o secretário Executivo, Felipe Peixoto.
O prefeito Rodrigo Neves destacou que Niterói tem papel pioneiro na história do audiovisual brasileiro: foi uma das primeiras cidades do país a abrigar uma faculdade de cinema, criada por Nelson Pereira dos Santos, referência nacional e que dá nome à sala de espetáculos localizada no Reserva Cultural. Segundo ele, o novo museu vai aprofundar esse vínculo histórico ao celebrar a trajetória do cinema brasileiro e os avanços das novas tecnologias no setor.
“Niterói sempre esteve à frente na formação cultural do país. E agora vamos consolidar esse legado com o Museu do Cinema Brasileiro. Será mais um passo para fortalecer nossa economia criativa, gerar oportunidades e revitalizar o Centro da cidade”, disse ele.
Para o secretário de Economia Criativa, André Diniz, o projeto representa um marco estratégico para a cidade.
“Este museu traduz a identidade de Niterói: uma cidade que produz, pensa e respira cultura. Estamos falando de um equipamento que vai além da memória — será um espaço vivo, formador, que integra educação, inovação e participação popular. Teremos um diálogo direto com a UFF, com o setor audiovisual, com escolas e com os novos criadores de conteúdo. É um projeto que valoriza o passado, mas olha firmemente para o futuro de uma economia criativa sustentável e transformadora”, afirmou Diniz.
A proposta é que o museu tenha caráter interativo e tecnológico, utilizando recursos digitais e imersivos para aproximar o público das diferentes linguagens do audiovisual contemporâneo, da película às plataformas digitais, incentivando a experiência e a experimentação.
“As pessoas hoje se relacionam com o mundo por meio das telas. Um museu do cinema precisa dialogar com essa forma de ver e interagir”, observou Daniela Thomas.
O projeto entrará agora na fase de estudos e desenvolvimento, com previsão de implantação em 2028, integrando-se ao conjunto de equipamentos culturais do Caminho Niemeyer.
“Não poderia haver lugar mais simbólico que Niterói, ao lado da UFF e da história do cinema nacional. Vamos celebrar a brasilidade e inovar”, acrescentou Deca Farrouco.
Foto: Evelen Gouvêa