Quarta edição do Festival Marazul faz homenagem a Erasmo Carlos e Lô Borges

Em Niterói, o segundo fim de semana de novembro vai celebrar dois ícones da música brasileira. No sábado (8) e domingo (9), a Praça Luiz Gomes da Silva (antiga Praça do Toboágua), em Piratininga, recebe a quarta edição do Festival Marazul. O evento, que também faz parte das comemorações pelos 452 anos da cidade, terá shows gratuitos de Simone, Beto Guedes, Marcos Sabino e Rick Ferreira, além de apresentação da Orquestra de Sopros do Programa Aprendiz Musical. No palco, homenagens ao Tremendão Erasmo Carlos (1941-2022) e a Lô Borges, que morreu esta semana.

O prefeito Rodrigo Neves destaca a ligação da cidade com a música, em especial com Lô Borges e outros integrantes do Clube da Esquina, movimento que revolucionou a MPB.

“Em 1972, Lô Borges, ao lado de Milton Nascimento e Beto Guedes, viveu na Praia de Piratininga, onde nasceu parte do lendário álbum ‘Clube da Esquina’. Temos muito orgulho de ser uma cidade musical, que investe muito em cultura, e de termos sido escolhidos para fazer parte da história da MPB”, diz ele.

Foto: Jorge Rosenberg

Marcos Sabino, que também é organizador do evento, ressalta que Lô Borges faz parte da história do festival.

“O Lô foi o primeiro artista a subir ao palco do Marazul, em 2022. Em todos os anos, tivemos a participação de alguém do Clube da Esquina. Este ano, a ideia era juntar Beto Guedes e Lô Borges no mesmo show, mas o Lô já tinha outros compromissos marcados. Resolvi convidar a Simone, que já queria muito cantar no festival, e o Beto Guedes. Vai ser emocionante, Beto fará seu primeiro show depois da partida do Lô”, conta ele.

Foto: Aporé de Paula

Realizado pela Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN), com apoio da Administração Regional de Camboinhas, Piratininga e Itaipu, o Festival Marazul tem como um dos destaques o espetáculo “Marcos Sabino e Rick Ferreira convidam artistas de Niterói – Tributo a Erasmo Carlos”, que será apresentado no sábado (8), às 19h. No palco, Sabino se junta a Rick Ferreira, guitarrista que acompanhou o Tremendão por mais de 40 anos, em hits como “Mesmo que seja eu”, “É proibido fumar” e “Sentado à beira do caminho”. Também será apresentada a inédita “Efeito dominó”, parceria de Sabino e Erasmo.

Ainda no sábado, às 21h, tem show de Simone, que revisita grandes sucessos dos seus 50 anos de carreira. No repertório da Cigarra, estão “Sob medida”, “Encontros e despedidas”, “Iolanda”, “Paixão” e “Começar de novo”, entre outras. Não vão faltar músicas do Tremendão (“Gente aberta”, de Erasmo e Roberto Carlos) e de Lô Borges (“Para Lennon e McCartney”, composta junto com Márcio Borges e Fernando Brant).

No domingo, às 19h, a Orquestra de Sopros do Programa Aprendiz Musical também vai recordar Lô Borges em seu repertório. Na sequência, às 21h, Beto Guedes encerra o Marazul com um show repleto de clássicos, como “Amor de índio”, “Feira moderna”, “O sal da terra”, “Lumiar” e “Sol de primavera”.

“O festival Marazul já virou uma tradição para a nossa cidade. Ele homenageia a música popular brasileira, grandes nomes, e a cena local de Niterói, reforçando assim a nossa vocação cultural. É uma celebração da música e da arte, aberta a todos. E, este ano, fará uma homenagem ao querido Lô Borges, um apaixonado por Niterói, que fez parte da construção desse projeto e que deixa muita saudade”, afirma a presidente da FAN, Micaela Costa.

Mas nem só de atrações musicais se faz o festival. O público poderá visitar a exposição itinerante “Imagens do Marazul”, com fotografias assinadas por Aporé Ferreira. A mostra retrata momentos marcantes de todas as edições, bem como a presença dos grandes artistas que fizeram parte dessa história.

Sobre o Festival Marazul

O Festival Marazul é idealizado pelo cantor e compositor Marcos Sabino, que também é responsável pela curadoria do evento. A primeira edição, em 2022, lembrou aos niteroienses a história da passagem de Milton Nascimento e outros integrantes do Clube da Esquina pela cidade. Eles moraram no bairro Marazul, em Piratininga, onde compuseram as canções do icônico disco “Clube da Esquina” (1972), de Milton e Lô Borges — considerado por muitos o melhor álbum da música brasileira.

Já passaram pelos palcos do festival nomes como Zélia Duncan, Lô Borges, Flávio Venturini, Som Imaginário, 14 Bis, Guilherme Arantes, MPB4 e The Fevers, entre outros — sempre em diálogo com músicos niteroienses que dão continuidade à tradição da cidade como berço de talentos e ponto de encontro da canção brasileira.

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