Saúde realiza ação pelo Dia D de Prevenção às Arboviroses

A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói participou, neste sábado (14), do Dia D de Prevenção às Arboviroses, uma mobilização nacional. Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizaram um mutirão na região do Sapê, das 9h às 14h, com ações de prevenção e combate à dengue e outras doenças. Os agentes percorreram as ruas da região promovendo ações educativas, com distribuição de panfletos e orientação à população. Também houve atividades de combate aos possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.

A secretária municipal de Saúde, Anamaria Schneider, destacou a importância do trabalho e alertou para a necessidade da participação da população no controle da dengue e de outras doenças causadas pelo Aedes aegypti.

“Niterói mantém um trabalho contínuo de combate às arboviroses com ações diárias e mutirões aos finais de semana. A realização do Dia D é fundamental para chamar a atenção da população e alertar sobre a necessidade de cuidados permanentes em suas residências para evitar focos do mosquito. Apesar de Niterói ter apresentado um número reduzido de casos de dengue em meio à epidemia de 2024, é muito importante que as ações de combate realizadas pelos agentes do CCZ e pela população permaneçam de forma rotineira”, ressaltou a secretária.

Paralelamente, uma equipe do CCZ realizou uma ação educativa no Mercado Municipal, distribuindo panfletos e orientando a população sobre medidas de prevenção à dengue e outras arboviroses.

Ações periódicas – Durante todo o ano, as equipes do CCZ desenvolvem um trabalho intensivo e contínuo de prevenção e combate ao mosquito transmissor das arboviroses.

A cobertura abrange 205 mil imóveis, com planejamento de visitas pelos agentes a cada dois meses. Cerca de 300 servidores estão dedicados exclusivamente às atividades de combate ao mosquito, visitando 5 mil imóveis diariamente.

Desde 2015, o município adotou o Método Wolbachia, em parceria com a Fiocruz e a WMP Brasil. A Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes aegypti. Quando inserido artificialmente em ovos do mosquito, o microrganismo reduz sua capacidade de transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Com a liberação de mosquitos contendo Wolbachia, a tendência é que eles predominem nos locais, reduzindo a transmissão das doenças. Em Niterói, o método começou em 2015 com um projeto piloto no bairro de Jurujuba. Em 2017, a iniciativa foi expandida para 33 bairros das regiões das praias da Baía e Oceânica.Dados de 2021 demonstraram a eficácia da medida, com redução de cerca de 70% nos casos de dengue, 60% nos de chikungunya e 40% nos de zika nas áreas com intervenção. Naquele ano, 75% do território de Niterói já estava coberto.

Em 2023, Niterói tornou-se a primeira cidade brasileira com 100% do território coberto pelo Método Wolbachia, garantindo proteção sustentável contra arboviroses. O Aedes aegypti com Wolbachia, ao ser liberado na natureza, se reproduz com mosquitos locais, gerando descendentes com as mesmas características, tornando o método autossustentável.

No período de 1º de janeiro a 9 de dezembro de 2024, foram registrados 1.769 casos prováveis de dengue entre residentes de Niterói. Os meses de maior incidência foram fevereiro e março, com 602 e 462 casos prováveis, respectivamente. Já em outubro e novembro, foram notificados 12 casos prováveis em cada mês.

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