Prefeitura planta mais de uma centena de mudas no Forte Barão do Rio Branco
A Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) está realizando plantios no Forte Barão do Rio Branco, em Jurujuba, uma das atrações turísticas da cidade. As primeiras cinquenta e cinco mudas plantadas foram de pau brasil e será dada ao processo de enriquecimento da arborização do local com mudas de ipês Amarelo (árvore símbolo do Brasil) e diversas outras espécies nobres da Mata Atlântica.
A previsão é que sejam feitos mais 60 plantios no local, tanto de ipês amarelos e diversas outras espécies nobres de mata Atlântica como sapucaias, aldragos, jacarandás e jequitibá-rosa. Eles deverão ocorrer nas próximas semanas. As mudas já estão separadas. Outra ação, será a realização de um censo florístico nas matas que compõem a unidade e se conhecer mais da riqueza arbórea do local.
Além dos plantios, as árvores também recebem tratamento fitossanitário. Uma amendoeira, por exemplo, localizada nas areias do forte, recebeu uma grande dendrocirurgia (técnica que objetiva a recuperação de árvores, através da eliminação de tecidos necrosados, especialmente na região do tronco)
, na qual foi retirada toda a parte comprometida e, após a aplicação de fungicidas, foi fechada para compor a estrutura visual da árvore.
Outro destaque do local é a figueira centenária enraizada desde o topo da muralha do Forte de São Luís, que chama atenção por sua imponência e beleza. Devido ao seu porte e projeções de raízes, acredita-se que a figueira “nasceu”, possivelmente, após o término da construção da muralha, há cerca de dois séculos,provavelmente dispersada pelas aves da região.
Num trabalho de avaliação do seu estado fitossanitário e buscando indícios de datação de sua idade, a equipe de arborização da Seconser utilizou a tomografia de impulso, que é uma técnica que vem sendo utilizada para avaliação do estado geral da árvore e o tipo de intervenção mais adequada para o seu monitoramento e cuidado.
Em função de onde está se apoiando, a grande figueira projeta raízes e parte do seu tronco para a parede livre da muralha, o que impediu seu completo monitoramento e laudos conclusivos, pois seria necessária a abrangência total de sua circunferência que passa dos seis metros e em local totalmente inacessível.
Desta forma, avaliou-se uma pequena parte do sua haste que permitia acesso de “cintamento” e pontos de percurso das ondas mecânicas que atravessam a madeira para uma global e conclusiva avaliação da árvore.
A secretária Dayse Monassa destaca a importância da iniciativa para a cidade.
“O objetivo é fazer com que árvores e população coexistam em harmonia, se beneficiando mutuamente e sem impactos para ambos. Além de embelezar a cidade e conservar a natureza. Plantios e tratamentos fitossanitários são hoje realizados com o foco de dar mais beleza cênica e resgate de espécies icônicas da nossa Mata Atlântica no local”, avalia Monassa.