Prefeitura de Niterói capacita voluntários da Secretaria de Meio Ambiente para lidar com animais peçonhentos
Quem trabalha em mata e áreas verdes, convive com a possibilidade de encontrar, de uma hora para outra, com uma cobra, seja ela venenosa ou não. Por conta disso, voluntários que atuam no Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente de Niterói participaram de um treinamento especial: com técnicos da secretaria e biólogos especialistas do Instituto Vital Brazil (IVB), aprenderam como se proteger ou reconhecer sintomas de picadas de animais venenosos e peçonhentos.
A equipe treinada está participando do maior projeto de revegetação e restauração ecológica já realizado no município em áreas de restinga e de conservação, como o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), dentre outros pontos de vegetação nativa da cidade.
No curso, realizado no auditório do Parque das Águas e que também contou com a presença de técnicos do setor de Áreas Verdes da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), o biólogo Wanderley Rodrigues passou uma visão geral sobre várias espécies de serpentes e seus hábitos.
Os participantes também foram orientados a distinguir cobras venenosas das não-venenosas, a como evitar acidentes com animais peçonhentos (cobras e aranhas), a reconhecer os sintomas quando uma pessoa é envenenada e sobre primeiros-socorros em casos de ataque.
Após a apresentação teórica, os alunos puderam ver de perto quatro espécies de cobras – jiboia, jararaca, jararacuçu e cascavel -, e como elas se comportam na presença de humanos. Os especialistas também levaram exemplares de aranhas, de escorpião e lacraia.
“Sempre somos convidados para dar palestras e treinamentos em diversos órgãos e também em escolas. Estamos muito agradecidos por compartilharmos conhecimento com esses jovens voluntários que trabalham nas restingas”, disse o biólogo Wanderley Rodrigues, que estava acompanhado da bióloga Verônica Matos.
O subsecretário de Sustentabilidade da SMARHS, Allan Cruz, que é o gestor do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, explica que este treinamento sobre animais peçonhentos é importante para dar mais segurança aos voluntários que atuam nas restingas.
“É um conhecimento que dará mais segurança e vai agregar ainda mais ao trabalho que os voluntários fazem, já que cobras e outros animais peçonhentos também são encontrados em áreas onde há este tipo de vegetação. Por isso convidamos os profissionais do Instituto Vital Brazil, que são os melhores nesta área”, afirmou Cruz.
Projeto – O projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social teve início em 2019, com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e tem duração de quatro anos. O objetivo do programa é recuperar um total de 203,1 hectares de diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica.