Prefeito Axel Grael visita Canal de São Lourenço e pontos que terão obra de dragagem para expansão da atividade portuária da cidade
Um novo capítulo na história do porto de Niterói está prestes a começar. Nesta segunda-feira (01), em preparação para o início das obras de dragagem do Canal de São Lourenço, o prefeito Axel Grael realizou uma vistoria em pontos chave da reforma. Por meio da reforma, a Prefeitura tem como objetivo ampliar o acesso da infraestrutura aquaviária ao Complexo Industrial e Portuário de Niterói e impulsionar a produção dos setores e geração de empregos. Na terça-feira (02), a cidade receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma cerimônia de início das atividades.
Esperada há mais de 15 anos, a dragagem do canal tem grande significado para a região. O prefeito Axel Grael comentou sobre o futuro da indústria e dos setores que serão beneficiados com o investimento.
“A dragagem do Canal de São Lourenço é fundamental para a competitividade da indústria naval de Niterói. Nós temos o maior parque industrial/naval do país, mas que, hoje, tem como grande dificuldade a logística e o acesso das grandes embarcações. Uma outra frente dessa obra é o Terminal Pesqueiro. Nós municipalizamos o porto e, com essa dragagem, vamos recuperar a capacidade operacional do terminal. Amanhã teremos a visita do Presidente Lula em Niterói para que a gente marque o início desse trabalho de dragagem. Estamos prontos para começar uma nova fase no nosso porto!”, comemorou o prefeito.
A gestão portuária é de responsabilidade federal, mas a Prefeitura, em colaboração com o governo, resolveu assumir os investimentos. Serão R$ 138 milhões de investimento só na dragagem. Como resultado, o Porto vai operar em melhores condições de trabalho e gerar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos.
Com prazo de conclusão de 15 meses, o desassoreamento do trecho da Baía de Guanabara acontecerá entre a Ilha da Conceição e a Ponte Rio-Niterói e aumentará de 7m para 11m a sua profundidade. As alterações no espaço permitirão o aumento da função operacional dos estaleiros, o estímulo a novas construções de embarcações e a movimentação do setor de reparos e offshore.
“Estamos fazendo uma inspeção técnica de um projeto que é uma grande conquista para Niterói. Lutamos muito para chegar até aqui. Foram muitas etapas, licenças, estudos técnicos e ambientais. Temos a certeza que a dragagem é uma realidade”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval, Luiz Paulino Moreira Leite.
A Prefeitura de Niterói custeou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) com um investimento de R$772 mil para a garantia de realização dos trabalhos. O estudo foi entregue ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e, após a análise para liberação das licenças, os resultados foram apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) aos órgãos competentes do Governo Federal.
O Município também realizou um estudo minucioso, que levou em consideração a geologia através da análise do solo, níveis de ruídos subaquáticos, caracterização de qualidade da água e qualidade química e microbiológica. A fauna marinha e suas características também foram analisadas.
“O estudo que fizemos no Canal de São Lourenço foi buscando entender a acessibilidade aquaviária nesta região. Entendemos que era necessário aprofundar o espaço para navios maiores entrarem sem prejudicar a circulação da água e o meio ambiente. Além disso, também levamos em consideração as características locais, os aspectos econômicos do entorno. Essa dragagem também tem outra frente muito importante. Dentro do nosso planejamento, serão retirados mais de 400 metros cúbicos de material contaminado”, explicou o presidente do INPH, Domênico Accetta.
Outro ponto importante do estudo diz respeito ao uso e ocupação do solo urbano, incluindo os usos residenciais, comerciais de serviço, lazer industrial e público. O aspecto econômico, que inclui economia social e renda média da população no entorno também foi levado em consideração, assim como nível de empregabilidade, proporção da população economicamente ativa, número de habitantes por idade, etnia e sexo.
Foto: Lucas Benevides