Niterói começa as aulas no segundo semestre com mais 36 escolas municipais reabertas
Até setembro, todas as 94 unidades da rede devem adotar a modalidade de ensino híbrido
A Prefeitura de Niterói começa o segundo semestre letivo com o dobro de escolas reabertas. A rede municipal de Educação retoma as suas atividades na próxima segunda-feira (02). De acordo com a Secretaria de Educação e a Fundação Municipal de Educação, além das 35 escolas que já estavam abertas, mais 36 reabrem na próxima semana oferecendo a modalidade de ensino híbrido. O objetivo é que todas as 94 unidades da rede ofereçam aulas presenciais até setembro. A reabertura segue protocolos rígidos de segurança, previstos no Plano de Retomada das Aulas, além de incluir projetos para reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19 na educação pública do município.
A reabertura de mais 36 unidades será dividida em duas etapas. Nesta terça-feira (03), reabrem 21 delas e no próximo dia 9, mais 15. O retorno terá como foco as turmas de 3°, 5° e 9° anos do Ensino Fundamental e as dos Grupo de Referência da Educação Infantil (Grei) 4 e 5 (turmas com crianças entre 4 e 5 anos). As turmas serão ampliadas conforme planejamento das unidades em parceria com as equipes da SME/FME.
O Plano de Retomada das Aulas, lançado em janeiro, estipulou alguns dos projetos e metas deste ano letivo para reduzir os impactos da pandemia sobre a escola pública. O Busca Ativa, desenvolvido em parceria entre as secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social, está identificando crianças e adolescentes em situação de abandono ou evasão escolar para auxiliar na implementação de políticas públicas que promovam a inclusão escolar.
Já o Programa de Aprendizagem Intensiva tem o objetivo de recuperar conteúdos, trabalhando o reforço escolar no contraturno, investindo na alfabetização de todos os alunos, além de programas de monitoria com agentes de inclusão digital. Desde o início deste ano letivo, as aulas online são oferecidas através da Plataforma Niterói em Rede, um ambiente virtual de aprendizagem próprio, onde se encontram disponíveis diversos conteúdos. Também foram desenvolvidos projetos voltados para a saúde mental de alunos e profissionais
O secretário de Educação, Vinícius Wu, ressaltou que o processo de reabertura é fundamental para restabelecer o vínculo dos alunos com a escola e diminuir os efeitos da pandemia no processo de aprendizagem.
“A retomada das aulas presenciais está sendo feita com muita responsabilidade e cautela desde o início, ouvindo as demandas da comunidade escolar. O Busca Ativa será essencial para trazer todas as crianças de volta à escola. Além disso, elaboramos o Educação XXI, um programa de inclusão digital que prevê o auxílio para professores comprarem equipamentos, a contratação de dados patrocinados e faremos ainda a entrega de tablets para os alunos”, afirmou o secretário.
O presidente da FME, Fernando Cruz, destacou os investimentos realizados nas unidades para propiciar um retorno seguro, de acordo com as normas estabelecidas pelas autoridades de saúde do município. Ele contou que as escolas passaram por reformas na infraestrutura, foram sanitizadas e receberam equipamentos de proteção de uso individual e coletivo.
“Estamos focados, desde o início do ano, em modernizar e adequar a infraestrutura da rede municipal, tanto em relação a obras quanto às questões de conectividade. Por isso, para além das políticas públicas, nos dedicamos a acompanhar de perto o processo de adaptação das unidades e, principalmente, auxiliar os alunos e professores nesta fase de transição”, complementou Fernando.
Tatiana Santos, assessora de Desenvolvimento da Educação, reforçou que o período em que os alunos ficaram afastados da escola causou prejuízos na aprendizagem deles. Para ela, a retomada das aulas está sendo importante para lidar com essas dificuldades e resgatar o vínculo entre os alunos, famílias e profissionais de educação.
“Reaver esses laços educativos e socioemocionais está sendo de grande valia, não só para os alunos como também para os profissionais. Aprendizagem não é só transmissão de conteúdo, o afeto faz toda a diferença. E esse afeto se dá nas relações humanas, à distância não surte o mesmo efeito do contato visual, pessoal e diário realizado com a presença dos profissionais, alunos e famílias nas escolas”, reiterou.
O ensino híbrido não é obrigatório no município, o formato remoto continua sendo oferecido de maneira assíncrona. Já as aulas presenciais têm a duração reduzida, com três horas diárias e limitação máxima de 50% de ocupação nas salas. No Ensino Fundamental 1, há revezamento semanal, já na Educação Infantil as crianças podem ir para a escola todos os dias e os alunos são divididos em grupos nos turnos da manhã ou da tarde.