Projeto Vacina & Arte transforma a vacinação numa experiência cultural
Trazer a música para o momento da imunização contra a Covid-19. Essa é a proposta do projeto Vacina & Arte, da Prefeitura de Niterói, que desde 10 de maio já realizou mais 60 apresentações de artistas para quem estava na fila para receber a vacina, no Campo de São Bento, próximo ao posto volante do Centro Cultural Paschoal Carlos Magno.
A estudante Bruna Assunção, de 20 anos, esteve no Campo de São Bento para se vacinar e se deparou com o artista André Rios se apresentando no Vacina & Arte:
”A música acaba encorajando aqueles que têm medo de agulhas na hora de se vacinar, muda todo o clima que a gente está de quarentena e traz um pouco de alegria pra esse momento tão especial”, comentou.
Daniel Rezende, de 20 anos, achou que a música combinou com o parque e a vacinação.
“A música aqui no Campo de São Bento deu um ar de mais tranquilidade, o ambiente ficou mais agradável para tomar a vacina contra a Covid-19”, disse.
Artistas como Luiz Carlos Justino, Adriana Ninsk, João Pinaud, Negamanda, Danilo Dourado, Mariana Braga, Renato Rocket, Daíra, Leandro Saramago, Tacy de Campos, Cláudio Schott, Beliza Luar, entre outros, já se apresentaram pelo projeto, que acontece de segunda a sexta-feira (exceto em dias de chuva), entre 10h e 12h, com duração de 90 minutos e intervalos, a fim de evitar aglomerações. Com investimento total de R$61.621,56, o Vacina & Arte é uma realização da Fundação de Arte de Niterói (FAN) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e com apoio da Neltur, CLIN e Defesa Civil.
“Cumprimos todos os cuidados que este momento exige. A ideia é levar alento, alegria e entretenimento e, também, apoiar a classe artística”, explica Marcos Sabino, presidente da Fundação de Arte de Niterói.
A seleção dos artistas se dá através dos cadastros realizados no Banco de Artistas – que reúne os cadastrados nas edições de 2018 e 2019 do Banco de Artistas e também artistas que realizaram atividades com a SMC/FAN no último ano de 2020.
A curadoria leva em consideração uma maior diversidade de gêneros musicais, buscando trazer mais apresentações de mulheres, além de foco em recortes territoriais e de raça.
Sob uma análise de indicadores socioculturais, as primeiras apresentações apresentam o seguinte perfil: 65% homens e 35% mulheres; 51% pretos/pardos e 49% brancos; representações expressivas em todas as faixas etárias (38,7% até 30 anos; 24,5% de 31-45 anos; 17,5% de 46-55 anos; e 19,3% acima de 55 anos); artistas de todas as regiões de Niterói, com destaque para muitos de comunidades como Palácio, Bumba, Grota e Caramujo (37% dos artistas).